
Durante o debate entre os artistas Gilberto Tomé, Saulo di Tarso, Ulysses Bôscolo, Francisco Maringelli e Kika Levy, podemos constatar a diversidade da palavra
Figura... o que no meu modo de entender, essa
palavra (em ARTE) é um equívoco. Não devemos utilizar a Figura ou qualquer designação que seja para
cercar ou conceituar os trabalhos desenvolvidos em qualquer meio de expressão. Devemos estar livres da nomenclatura
abstração ou
figuração para entender uma determinada manifestação de luz. Por que é
algo que não tem nome, ou seja, algo que nasce com a matéria e a
curiosidade das formas internas encontradas no ateliê, através de memórias e observações da vida mesmo. A
forma é um fato a ser debatido não como
Figura mas sim, como origem e príncipio de uma emanação que gera durante o período da exposição, um choque e um
diálogo silêncioso com o espectador de modo prolongado através de um
estranhamento útil e viril com o espaço. A luz
construída na matriz, por exemplo, é um
espaço habitado tanto no papel como fora dele projetando-se no ambiente da Galeria. Ao fundo da mesa de debate, podemos ver como as estampas em xilogravuras de topo podem construir uma
instalação e onde a palavra
Figura pode se fragmentar em muitos frames, como uma tomada de um flme sobre a Serra do Mar e outras indicações sutis dos lugares pelos quais eu passei para construir em cada peça, as incisões. São coisas que podemos articular em nossa própria imaginação diante do trabalho apresentado.